Publicado en | Educação e Pesquisa, v.42:1 |
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Autores | Taddei,, R., Gamboggi, A.L. |
Año de publicación | 2016 |
DOI | https://doi.org/10.1590/s1517-9702201506134264 |
Afiliaciones | Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil. |
Programa | CRN3 |
Proyecto | CRN3035 |
Keywords | |
Este texto tem como objetivo analisar a relação entre a antropologia e a educação, bem como entre esses dois campos e a experiência da vida, num contexto de debates acadêmicos em que preocupações mais propriamente epistemológicas cedem gradativamente espaço à reflexão sobre a dimensão ontológica da existência. A partir de uma discussão da relação histórica assimétrica entre a antropologia e a educação na reflexão sobre as dimensões socioculturais do aprendizado, propomos a inversão dos termos da expressão antropologia da educação, e em seguida discutimos os paradoxos existentes na relação entre a educação profissional do antropólogo, enquanto exercício epistemológico, e a dimensão ontológica da vivência etnográfica. Emerge daí a questão do corpo do etnógrafo como elemento ausente na reflexão etnográfica, indício da presença de uma das dicotomias estruturantes da epistemologia ocidental, a divisão entre corpo e mente. Os trabalhos de autores ligados à chamada virada ontológica nas ciências sociais são então trazidos ao debate e, a partir da análise de algumas de suas contribuições centrais, vêm à tona novos pontos de contato entre os campos da educação e da antropologia, em bases mais simétricas. Dentre estes, destacam-se os temas da felicidade e da plenitude do devir, inéditos na antropologia, mas presentes nos debates pedagógicos das últimas quatro décadas.